Fraturas do punho
A fratura de punho (rádio e ulna distais) é considerada a fratura mais comum do adulto, correspondendo a até 20% de todas as fraturas do corpo. A queda da própria altura é o mecanismo de trauma mais frequente (66-77% dos casos), atingindo principalmente mulheres acima de 60 anos devido a fragilidade óssea comum nesta faixa etária. Atenção especial deve ser dada para prevenção de quedas: uso de calçados fechados; retirar tapetes, fios de aparelhos eletrônicos e outros objetos do chão; manter piso seco; uso de barras de apoio, entre outras medidas. Acidentes automobilísticos, motociclísticos, traumas esportivos também podem causar este tipo de fratura.
Após o trauma, o paciente deve se direcionar a uma unidade de atendimento médico mais próximo e ser avaliado por um ortopedista. O diagnóstico da fratura é realizado através da história, exame clínico e radiografias. A tomografia computadorizada também pode ser útil.
Feito o diagnóstico, o tratamento pode ser conservador, através de redução (manipulação) da fratura e gesso; ou cirúrgico, através de fixação com fios metálicos, placas e parafusos. Essa decisão é baseada na idade do paciente, condições clínicas (diabetes, tabagismo, etilismo, etc), radiografia, lesões associadas, entre outros fatores.
O tempo para fratura consolidar (“colar”) é de aproximadamente 6 a 8 semanas e para retorno ao trabalho e às atividades diárias varia de semanas a meses, sendo fundamental a realização de fisioterapia/terapia ocupacional para uma reabilitação adequada. As principais complicações associadas a esta fratura são rigidez da articulação, dor crônica, infecção, falha na consolidação da fratura e ruptura de tendão.
A cirurgia da mão é a especialidade da ortopedia responsável pelo tratamento das fraturas de punho.